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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Para Sempre

Foi o bater mais triste
Daquela porta gasta pelo tempo
Foi o último bater de uma porta
Que em tempos só tu abriste...

Os teus olhos suspiraram
À falta da força que o teu corpo procurava ter
E esse doce olhar só teu
Despediu-se, já descansado, os teus olhinhos fecharam.

Quando o tempo te roubou a memória
A tua força recuperou-a...
E ainda que por breves instantes
Soubeste dignificar os teus momentos de glória...

Deixas demasiada saudade mas apesar de não estares presente há uma coisa que jamais conseguirá morrer: o teu e o meu amor por ti.

Até sempre meu pombinho!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Poemas Fernando Pessoa 1915-1917

Análogo


Não há a capela
Mas há a paz de crer-te
Só, rezando nela,
E eu sonhar-te é ver-te...

Nada disto é certo...
Sorris
E pairam perto
Nuvens de perfis...

Todos desconheço
A todos amo...
Na bruma me esqueço
E por mim chamo...

Mas cessou o canto
Que me fez sonhar
Este encanto...
Deixa-me não te achar...


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Solidão II


Meus caros,

sempre me disseram que existem vários tipos de solidão. A solidão por escolha própria, a solidão por abandono, a solidão por necessidade, a solidão por mera estupidez humana, enfim... Várias razões existem para que nos sintamos sós.
No entanto, creio que a solidão é nada mais que uma ferramenta para que possamos possuir essa tão estimada característica apelidada de: sanidade mental. A mim faz-me falta estar estar sozinha, faz-me falta ter este meu pequeno mundo onde soluciono as mais estranhas questões com que frequentemente me deparo. Estar acompanhado é bonito, verdade. Mas se estivermos permanentemente acompanhados será que conseguimos ser totalmente sãos? Não creio. Apesar de jovem, tenho aprendido que a companhia de muitas e diferentes pessoas me sabe bem, me tranquiliza e, principalmente!: me faz aprender imenso. É pela observação de seres diferentes (e o homem e a mulher aqui são seres EXTRAORDINARIAMENTE diferentes) que aprendo a construir um eu melhor, um eu mais maduro, um eu construído com retalhos de várias caras, feitios e corações.
Contudo, a possibilidade deste meu eu tão peculiar deve-se somente à solidão que me permito praticar. À solidão que me permite repousar em mim e agarrar todos os bocados de mundo que dou a conhecer e vice-versa. É nesta tão boa solidão que me desnudo e me apresento a mim própria, despida de medos, de choros, de tristezas, de alegrias, de batalhas e guerras já passadas...
E enfrento novas, todos os dias. É esta minha solidão que me permite absorver bocados de mundo e de mim para mais tarde os juntar e, criar (bem, creio eu), esta Rita, que sou eu.

Lamento se o texto parecer confuso mas estou doente, tenho a cabeça a mil e tinha saudades de escrever. Em breve novos poemas!

Rita Tavares Dias

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Solidão

Quando temos coragem de libertar fantasmas há muito presos dentro de nós
Quando temos coragem de libertar medos e angústias já vivos neste corpo que é nosso
Quando nos permitimos dar um passo em frente no abismo
Quando somos capazes de inventar e reinventar o nosso mundo interior

Só quando nos permitimos, a nós próprios dar um passo em frente e, mesmo quer por breves instantes, perder aquele medo que quem vive conhece... Só aí, nunca em outra altura seremos simples e puramente: nós.

O nosso eu.

Puff. Saltei.

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Oh, mirror in the sky, what is love?
Can the child within my heart rise above?
Can I sail through the changing ocean tides?
Can I handle the seasons of my life?

I've been afraid of changing.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cada lugar teu

Todas as minhas formas de expressão me recordam de ti.
Todas as minhas formas de rir se dedicam a ti.
Todos os meus olhares desejam cruzar-se com o teu.
Todos os bocadinhos do meu coração te querem.

Eu toda te espero.





quarta-feira, 21 de julho de 2010

DO GRANDE E DO PEQUENO AMOR


"De regresso ao quotidiano conjugal, eles procuravam a receita da eternidade, sem entenderem o quanto a obsessão pela busca lhes dificultava o gozo da felicidade. A nuvem da guerra pairava sobre as suas cabeças como uma ameaça, esquecendo que a guerra é a mais longa verdade da condição humana. Não queriam ser mais um casal igual aos outros, com a despensa cheia e a televisão acesa. Mas o que torna um casal igual ao outro é a arrogância do desejo da diferença."

Inês Pedrosa, "Do grande e do pequeno Amor"

Será?

Hoje acordei e lembrei-me de ti
Do teu jeito, de como ris com o olhar
De como gosto que estejas aqui
De como me fazes pensar

Apesar de igual
És bastante diferente...
Não queiras ser o que não és
Mostra-te sempre honestamente.

Olha para o passado
Analisa o que foste
Olha para o presente
Aprecia o que és.
Olha para o futuro e desenha-o...

Está onde queres estar. Como queres estar.

Sabes? Não te deixes acomodar...

(Des)conhecida

"Será"

Um dia acordei e pensei..
É isso mesmo que eu vou ser,
Mas pensando novamente reparei
Que posso eu ser?

Sou um entre muitos
Diferente de todos
Queria ser igual a mim
Mas não sei quem sou!

Olhando para o passado vejo como fui
Olhando para o presente
Vejo como sou
Olhando para o futuro
Vejo como nunca serei!

Gosto de viver, de estar
Em sitios onde nunca fui
Sonho com esses lugares,
Mas estou onde nunca fui.

(Des)conhecido



Baú aberto:

Acerca de mim

A minha foto
Lisboa, Lisboa, Portugal
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

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